terça-feira, 30 de setembro de 2008

NigHTmaRe

ThEre iS a StraNge BaLancE betWeEn realiTy and the dReaMinG in eVery EaCH of uS.
wheN wE lOosE tHis BAlanCe we gET InSane!
iF we geT to KeeP tHe balAnce We jUsT geT OnE mOre ChancE of AvoiDinG thE InsaniTY!
I DoN't DreaM! I'vE bEen OutCasted fRom drEamInG!

SauRiUm

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Manifesto

(...)
quero que este blog seja diferente
quero que este blog seja correcto
quero que este blog seja justo
quero que este blog seja irónico
quero que este blog seja sincero
quero que este blog seja livre

não quero que este blog seja indiferente
não quero que este blog seja uma cópia doutros blogs
não quero que este blog tenha tantas entradas que se torne banal
não quero que este blog seja um alinhavo de opiniões injustificadas
não quero que este blog seja uma extensão da minha ignorância
não quero que este blog seja um inferno de boas intenções
não quero que este blog tenha regras

um dos objectivos dum blog é ser escrito
um dos objectivos dum blog é ser lido

um blog que não é escrito não é um blog
um blog que não é lido não é um blog
(...)

Não sei se existe um Manifesto Bloguista. Tal assunto merece, certamente, uma pesquisa na Net. Mas não hoje. Provavelmente nunca. Os dias estão bonitos. Lá fora, nalgum sítio, o Sol brilha. Mesmo que chova, a Vida é mais que um blog. A Vida é bela. Mas a paciência é pouca.

SauSau

domingo, 25 de maio de 2008

Life! And now, something completely diferent: Life!


Algures, durante o nosso tempo de vida, certos eventos alteram-nos as bases, as estruturas, as filosofias e enfim, o dia-a-dia, o rame-rame, as prioridades.

Aconteceu-me à dias, algumas semanas e meses, curtos ainda, um destes eventos. Arrasa-quarteirões, redefinidores do que somos, do que sentimos, do caminho que vamos percorrer.

Com algum tempo, poderemos voltar a pôr a cabeça no sítio e regressar ao aconchego da racionalidade, mas até lá, é tempo de revolução, de aprender a viver de novo, de escutar, de partilhar, de soltar o que somos.

Pelo que está para vir, pelo que já passou, por aquela sensação hollywoodesca de que só acontece em filmes e aos outros, deixo aqui o testemunho, o facho do farol, para que outros, humanos ou não, habitantes deste planeta e a todos os extra-terrestres nas imediações, que tenham ou estejam a pensar, nem que por breves momentos, estarem perdidos, sozinhos no Universo, que a a Felicidade só se encontra quando se procura e que para aqueles que o fizerem certos do que são e do querem, a encontrarão.

Obrigada Aluap ;-) !

Saurium

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Fantasma...

Foi no 308.

Foi por causa do desaparecimento, aparentemente inexplicável, duma pasta com documentos que o invocaram. O enfermeiro de serviço comentou que poderia ser culpa do fantasma do quarto ao lado. Que se assim fosse, seria compreensível a pasta ter desaparecido. Por fim desvenda a identidade do fantasma: Fernando Pessoa morreu no quarto ao lado, o 308. Consta que o seu fantasma ainda habita aquele velho Hospital de Saint Louis, ou dos Franceses, como também é conhecido. Na parede exterior do quarto, que não consegui ver por dentro, um quadro com uma imagem dele e um poema. Tão simples que quase passa despercebido a quem, por uma ou outra razão, entra naquele corredor.

Porque quereria um fantasma e mais particularmente o de Fernando Pessoa (ou seria de algum dos seus heterónimos?), uma pasta com papéis e uma caneta? Quereria ele acabar algum poema? Ou apenas um pedaço de papel para continuar a descrever tão bem os cantos enevoados e obscuros da Vida, os da sua condição fantasmagórica?

Desperta-me alguma ironia aperceber-me do facto de que ele que viveu, não vivendo, muitas vidas, observando ao pormenor as mais simples e complexas contradições e paradoxos da condição humana, descrevendo-os com uma clareza desarmante em pequenos pedaços de névoa, procure ainda, em espírito completar ou quem sabe, descrever os equivalentes pontos difusos do mundo dos espíritos.

Por fim, o mistério é resolvido. O que se julgava desaparecido, aparece, vítima da logística e sem vestígio do fantasma.

Se o Fernando, em forma de fantasma, existe ou não? Não sei. Sei apenas que passou os seus últimos minutos de vida ali, no 308. E que me é impossível passar indiferente a esse facto...

Saurium